NÚM. 49. Madrid 2 d« Octubre d e 1 S 7 3 . EL C O l l T O R D j REVISTA DE CIENCIAS ECLESIÁSTICAS. Periódico s e m a n a l : se puWica los Jueves.—Al año se forma u n v o l u m e n d o 512 p á g - i n a s c o n í n d i c e s . P R E C I O D E LA. S U S C K I C I O N . P o r u n a ñ o , 4 4 r s . ; s e m e s t r e , 2 4 ; y t r i mestre, 1 2 ;pagados en la administración Consulta gratis para los suscritores, sobre las de o s t a R o v i s t a . materiasobjeto SUMAEIO.! SECCIÓN DE TEOLOGÍA DOGMÁTICA. w . u.ouuiiumnoa i ; u u t e m p o r á n e o s . — V a i o r c r i t i c o d e e s t e s i lencio.—.Anastasio ol B i b l i o t e c a r i o . - T e s t i m o n i o d e Mr.riano Scoto.— Testimonio de M a r t i n Polono.—Se e x a m i n a y refuta l a fábula.—La e s t a t u a d e J u a n a l a Papisa q u e se dice existía e n t r e el Coliseo y S a n GJemento en Roma.—La Silla perforada ó o s t e r c o r a r i a . - S u v e r d a dera signiflcacion. SECCIÓN DE TEOLOGÍA MORAL Y MÍSTICA. Casos de conciencia. I. ¿Quiénes son los q u e incurren en excomunión p o r re/cíier l i b r o s l i o r é t i c o s V I I . ¿ S o i n c u r r o e n e x c o m u n i ó n p o r l e e r m a n u s c r i t o s heréticos? III. ¿Se puede permitir q u o las m u j e r e s d i r i g a n el rosario en la Iglesia? IV. ¿So puede permitir en a l g ú n caso qu°, la m u j e r a y u d e la m i s a ? V . ¿ Q u é m ú s i c a es l a q u e s e permito en la Iglesia? NoUcwsdeinte^-ésjeneral C a r á c t e r q u e va t o m a n d o la per.secuoion e n P r u s i a . - S i t u a c i o n do V í c t o r M a n u e l . . - S u v i a j e á B e r l i n . - S u s r e l a c i o n e s d o f a m i l i a . - - F a r s a a do l a p r e d i c a c i ó n p r o t e s t a n t e - L o q u a ocurro on u n a capilla llamada evangélica. 1 SECCIÓN DE TEOLOGÍA DOGMÁTICA. LA FÁBULA DE LA PAPISA .lUANA. Los a g e n t e s del protestantismo, que h o y r e c o r r e n n u e s t r a s provincias, a n d a n diidendo por todas p a r t e s que la Iglesia r o m a n a n o es infalible, porque entre los sucesores de San Pedro h u b o u n a mujer que se llamó Juana. ¡Gran a r g u m e n t o ! Es t a n absurdo q u e h a s t a los p r o testantes mismos, como t e n g a n a l g u n a instrucción y p i e n s e n a l g o en s u propia dignidad, se ruborizan de proponerlo. Y esto n o es d e a h o r a . Los antiguos p r o t e s tantes Blondel, Moshein y Leibnitz lo rechazaban como u n a fábula i n d i g n a . E n nuestros dias, sin e m b a r g o , se acepta a ú n por los repartidores de Biblias, que p r e g o n a n lo que se les m a n d a p r e g o n a r , y los k r a u s i s t a s , q u e p o r sistema, h a c e n g u e r r a á la v e r d a d p a r a poder seducir y p e r v e r t i r á los pueblos. A u n q u e el a r g u m e n t o , pues, p o r sí n o v a l g a n a d a , conviene quedo examinemos, no p a r a refutarlo, lo cual n o es necesario, sino p a r a desenmascarar á los q u e lo presentan. Los que osan h a b l a r d e l a fábula d e l a Papisa J u a n a , obligados á fijar nombres, l u g a r y fechas, dicen cosas l u e bastan por sí solas p a r a demostrar h a s t a l a e v i d e n cia lo q u e es esta fábula y lo q u e son los que h a b l a n de ella. Pero fijemos la atención en lo que dicen. ¿Quién e r a J u a n a l a Papisa? ¿Dónde nació? ¿Cuál fué s u n o m b r e ? ¿ E n q u é época vivió? 12, a.f del periódico. Carretas, Madrid. Ante todo, b u e n o es hacer constar q u e los que h a b l a n de esta fábula n o se a p o y a n en n i n g ú n m o n u m e n t o , e n n i n g ú n hecho histórico, n i siquiera en el testimonio de n i n g ú n escritor contemporáneo. Tratándose de u n h e cho t a n notable, el silencio de los escritores c o n t e m p o ráneos n o puede menos de constituir u n fuertísimo y h a s t a irresistible a r g u m e n t o . E n efecto, si hubiese sido cierto que u n a mujer se h a b í a sentado e n l a cátedra de San Pedro, ¿hubiera podido g u a r d a r s e silencio acerca de e s t e t a n g r a v e como trascendental acontecimiento? Y si, como suponen los fabulistas, l a Papisa J u a n a m u r i ó de parto y en medio de u n a pública procesión, ¿es siquiera concebible que Roma entera no hubiese tenido noticia de t a n escandaloso suceso? ¿No dicen a d e m á s los autores de l a fábula que l a Papisa fué sepultada en l a m i s m a v í a pública, y q u e sobre el l u g a r de s u sepulcro se erigió u n a estatua de m á r m o l p a r a estigmatizar s u infamia? Y entonces, ¿cómo es q u e n a d a dicen los historiadores c a tólicos de aquel tiempo? ¿Qué interés podían tener e n ocultar lo que todo Roma h a b í a visto? ¿Qué causa p o dia moverlos á no h a b l a r de u n hecho q u e h a s t a p o r i n e dio de u n a estatua h a b í a n querido d a r á conocer los Papas? Por otra p a r t e , a u n suponiendo q u e los historiadores católicos se hubiesen puesto de acuerdo p a r a no h a b l a r de este t a n público y t a n escandaloso hecho, ¿cómo es que t a m b i é n callaron los historiadores cismáticos, q u e t a n t o interés tenían en desprestigiar á l a Santa Sede? ¿Podían los patrocinadores del cisma desconocer u n h e cho t a n g r a v e y t a n público? No, p o r q u e á la sazón e r a n m u c h a s y constantes las relaciones entre R o m a y Constantínopla, y p o r lo m i s m o n o podía i g n o r a r s e en Constantínopla, lo q u e todo el m u n d o sabía e n Roma. ¿ P u e de suponerse que los escritores cismáticos n o quisiesen a m o n t o n a r l a i g n o m i n i a sobre l a silla de San Pedro? No, porque a l contrarío, le t e n í a n odio m o r t a l , e s t a b a n separados de ella y solo deseaban encontrar motivos q u e justificasen su c r i m i n a l separación. ¿Podrá decirse q u e , a u n q u e conociesen el hecho y quisiesen publicarlo, esto les h u b i e r a sido imposible, por oponerse á ello l a autoridad? No, porque entonces no l a b í a leyes civiles que jrotegiesen la Iglesia, y a d e m á s el imperio de Oriente se rallaba en abierta lucha con el Vicario de Jesucristo y a u n con todo el Occidente. E l i m p e r i o , q u e e r a fautor y a u n autor principal del cisma, n o solo n o se h u b i e r a opuesto á q u e se hablase de J u a n a l a Papisa, sino q u e , por e l contrario, hubiese dado g r a n d e s recompensas á | los quo m á s y con m a y o r violencia hubiesen declamado y escandalizado con este pretexto. Por ú l t i m o , ¿puede suponerse q u e los historiadores del siglo I X h a b l a r o n de J u a n a la Papisa, p e r o lo q u e dijeron n o h a llegado h a s t a nosotros p o r h a b e r l o impedido l a t i r a n í a , el o s c u r a n t i s m o y las h o g u e r a s d é l a Inqui.sicíon? Pero, ¿cómo h a b í a de suceder esto? ¿Se i g n o r a q u e l a Inquisición n o h a existido j a m á s eu Oriente? ¿No se sabe que el cisma, que a ú n subsiste, n o h a podido n u n c a ser perseguido por las potencias católicas? ¿No se tiene e n c u e n t a q u e los c i s máticos g r i e g o s estuvieron antes protegidos p o r el i m perio de Oriente, como h o y lo están p o r el imperio ruso?